sexta-feira, setembro 21, 2007

Imagine...

Por mim, as pizzas seriam muito mais finas e chegariam quentinhas à minha casa. Os restaurantes teriam movimento e a gente poderia ir a um japonês de vez em quando. Os camarões seriam todos cozidos no ponto do Bate Coração, nunca fervidos demais, duros. Teríamos um restaurante italiano decente, um restaurante português exemplar. O mercado público seria um ponto turístico, com maravilhosos peixes grelhados e frutos do mar. Acharíamos rúcula e cogumelos frescos diariamente no supermercado. Isso para ficar no terreno da gastronomia.

Já no trânsito, os motoristas, todos, andariam pela avenida, asfaltada, devagar, pela direita, e usariam a esquerda apenas para ultrapassar. Seriam todos gentis e educados, não atropelariam os pedestres nem de brincadeira, respeitando as faixas de segurança. Dariam lugar para as ambulâncias na estrada. Não desenvolveriam altas velocidades dentro da cidade. Não parariam em mão dupla, na hora de movimento, ou fora dela, sobretudo nas ruas estreitas, trancando o trânsito, como se tivessem em seus direitos. É claro, não passariam o sinal vermelho e quando desavisadamente o fizessem, compreenderiam a indignação dos que reclamassem deles, não querendo, além de estar errados, usar da prepotência do “com quem tu pensa que tu tá falando!?”. Aliás, o transporte coletivo seria tão bom, confortável, pontual e limpo, que os carros diminuiriam nas ruas, diminuindo a poluição.

O ar seria puro e limpo. Não federia, nem de vez em quando.

As crianças estariam nas escolas e não pedindo esmolas, sendo ensinadas por professores satisfeitos e bem pagos, que se preocupariam em primeiro lugar com a Educação e não com a sobrevivência, que estaria garantida pelo Estado.

Não haveria casas emparedadas e apodrecendo, enquanto pessoas não têm teto. As pessoas não morariam em casebres de lata e não passariam fome.

E passeariam nas ruas com segurança, porque haveria guardas nas ruas! As calçadas seriam bem pavimentadas e ninguém torceria os pés ou arriscaria cair em buracos. As praças seriam tão bem cuidadas, lindas e bem iluminadas, que dariam gosto de se ficar lagarteando ao sol. A televisão teria que reformular sua programação, porque as pessoas seriam mais felizes convivendo com as outras do que defronte ao aparelho. E andariam mais de bicicleta, em vias apropriadas para elas, já que a cidade é plana. E pescariam mais no porto velho, porque isso seria incentivado.

As famílias teriam poucos filhos, porque compreenderiam que o Planeta não agüenta mais tanta gente e que nenhum governo poderá resolver o problema da alimentação se a taxa de crescimento populacional continuar desse jeito.

Desenvolver-se-ia a solidariedade. Ninguém teria vergonha de ser chamado de trouxa ou ingênuo por confiar e acreditar em outros.

As pessoas acreditariam mais em si próprias, com autoestima elevada, e não acreditariam que os governos deveriam fazer tudo por elas ou que elas seriam muito pequenas para mudar as coisas.

Deve ter faltado alguma coisa... (que o leitor complemente...)

6 comentários:

Anônimo disse...

o governo teria vergonha na cara, e não protegeria ladrões que se escondem atrás de seus cargos e do $$ que roubaram do povo. os impostos seriam justos, e seriam usados para outros fins, ainda mais se forem eleitorais.
teriamos outro tipo de mentalidade, aberta em todos os campos, onde as pessoas se preocupassem com a felicidade, e não só com o final da novela das 8 e com o jogo de futebol.
credo... a lista seria imensa!

Anônimo disse...

Pensem ...
Se agíssemos com civilidade

Anônimo disse...

o governo investiria maciçamente em educação, cultura, saúde, saneamento. O ser humano procuraria diminuir sua ganância e arrogância. Todos teriam vontade de produzir, construir, realizar. O respeito aos outros sairia do limbo e voltaria a estar na parada de sucesso. A educação é o único meio de romper este interminável ciclo espiral descendente e degradante, de todos o valores de nossa sociedade.
Carlos

Anônimo disse...

"Imagine" pessoas valorizadas pelo ser e não pelo ter ou parecer...
"Imagine" educação e saúde a serviço de todos e todas...
Comer bem, beber (inclusive um etílico na medida de cada um... eheheheh), ler, passear, viajar, ir ao cinema e assistir muito teatro, conversar com vizinhos e amigos enquanto a vida passa...
Sermos autores de nossas histórias em circunstâncias mais favoráveis, pois a vida tem sido "aquilo que nos acontece enquanto fazemos outros planos"...
"Imagine" termos enfim aprendido a construir a democracia.
Ai ai ai!!!
Gde abraço, Tabá.

Anônimo disse...

Os políticos da cidade realizariam suas atividades legislativas (1 ou 2 noites por semana) gratuitamente, por acreditar que poderiam melhorar as coisas na cidade! O dinheiro, que hoje é gasto com seus salários, seria destinado a atender a comunidade, na melhoria de escolas, aparelhar os postos de saúde, segurança... (Segurança não, ja que a cidade não teria problemas desta ordem). É...como é bom imaginar as coisas diferentes.

Luis Poersch

Anônimo disse...

As pessoas poderiam passear pelas ruas tranquilamente,pois não haveria insegurança.Com o respeito pelo outro prevalecendo,e o respeito por si próprio existindo,quem iria precisar de policia? Fico pensando,Taba,se existem pessoas que desejam isso,o que impede que se torne realidade,se não total,mas pelo menos parcialmente?
Francisquini